Call for Papers
Vol. 6 (2014)
Teoría crítica de la sociedad y educación | Teoria crítica da Sociedade e Educação | Critical Social Theory and Education
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Los pensadores de la primera generación de la Escuela de Frankfurt –que contaban con formación y experiencia consolidadas en filosofía, sociología, psicología y estética– subrayaron en diversos textos la importancia de la educación en el conjunto de sus reflexiones teóricas sobre la relación dialéctica entre lo particular y lo universal, entre los individuos y la sociedad. Los conceptos de Bildung [formación] y Erfahrung [experiencia], heredados de Kant y Hegel, pero también de Humboldt y Goethe, iluminaban sus escritos y actividades, en la búsqueda de autonomía del individuo y de la sociedad, y entraban en tensión con los elementos conformistas que les imponía el sistema capitalista. En este sentido afirmó Adorno en 1966: “La educación sería impotente e ideológica si ignorase el objetivo de la adaptación y no preparase a los seres humanos para orientarse en el mundo. Pero sería igualmente cuestionable si se limitara a esto, produciendo well adjusted people, personas bien adaptadas…”. Los pensadores frankfurtianos entre 1930 y 1980 sentían el peso y la fuerza del colectivo sobre el individuo, de la sociedad administrada sobre las experiencias de autonomía, de la industria cultural y del sistema tecnológico de comunicación entonces existente –revistas, periódicos, radio, televisión– sobre sus consumidores, que llevaba a la configuración de individuos cada vez más prácticos, conformistas, sumisos e integrados en la sociedad y en el mercado. El tiempo pasó, las tecnologías se perfeccionaron, el sistema capitalista ganó formas expresivas de globalización y lo colectivo ganó terreno en el proceso de adaptación del individuo al consumo y al conformismo. Esta nueva situación en la que vivimos plantea una serie de desafíos a los que debe hacer frente la Teoría Crítica de la sociedad: En una época de tecnologías de la información y la comunicación, en el que Internet, las redes sociales, los smartphones y los instagrams invaden la vida de las familias y el interior de las aulas, ¿siguen teniendo actualidad crítica y formativa las tentativas que buscan fortalecer la autonomía del individuo y la sociedad? Las categorías de Bildung y Erfahrung, ¿siguen estando cargadas de la fuerza reflexiva y emancipatoria que irradiaban antes o se han visto ya repotenciadas por el avance de la Halbbildung [pseudo-formación, pseudo-cultura] que, impulsada por la industria cultural más reciente y refortalecida, genera un debilitamiento sin precedentes del individuo y la sociedad? La Teoría Crítica, ¿contiene aún un tour de force para desarrollar una crítica inmanente de las tecnologías de la información y la comunicación y revelar sus elementos formativos y emancipatorios para el proceso educativo de los niños y adolescentes, los primeros en estar sujetos a la intervención de las nuevas tecnologías? Y la educación universitaria, cada vez más en manos del mercado y del pragmatismo, ¿puede aún ser comprendida desde las categorías tradicionales de la Escuela de Frankfurt? ¿Es posible pensar la experiencia crítico-formativa de las obras de arte en plena era digital? Son estas y otras cuestiones similares las que plantean los sistemas educativos de las sociedades contemporáneos, y deben ser objeto de reflexión y esclarecimiento para poder analizarlas y resolverlas. Y la Teoría Crítica, con sus categorías de ayer y de hoy, ¿puede contribuir a este propósito?
Posibles temas de las contribuciones para el número:
– La teoría crítica y el carácter ambiguo de la educación: hecho social y autonomía;
– El proceso (pseudo)formativo y la industria cultural de la era digital;
– La actualidad de la educación después de Auschwitz;
– La educación de la infancia y el empobrecimiento de las experiencias formativas;
– El proceso de Bolonia y el sometimiento de la educación superior a la formación para el mercado;
– Teoría Crítica e investigación empírica en educación: la escuela y el aula;
– La construcción de la experiencia estética en la era de la globalización;
– La formación cultural en la revolución microelectrónica;
– Relaciones entre docentes y tecnologías de la información y la comunicación en las actividades de educación e investigación;
– Tecnologías digitales, jóvenes y adolescentes en el aula y el problema de la distracción concentrada.
Os pensadores da primeira geração da Escola de Frankfurt, com formação e experiência consolidadas em filosofia, sociologia, psicologia e estética, em diversos textos ressaltaram a importância da educação no conjunto das reflexões teóricas que empreenderam acerca da relação dialética entre o particular e o universal, entre os indivíduos e a sociedade. Os conceitos Bildung e Erfahrung, heranças de Kant e Hegel, mas também de Humboldt e Goethe, iluminavam seus escritos e atividades, na busca da autonomia do indivíduo e da sociedade, em tensão com os elementos impositivos e conformistas que o sistema capitalista lhes impingiam. Nesta perspectiva, dizia Adorno, em 1966, na Rádio de Hessen: “A Educação seria impotente e ideológica se ignorasse o objetivo da adaptação e não preparasse os homens para se orientarem no mundo. Porém ela seria igualmente questionável se ficasse nisto, produzindo nada além de well adjusted people, pessoas bem ajustadas …”(Educação – para quê?). Os pensadores frankfurtianos dos anos 1930-1980 já sentiam o peso e a força do coletivo sobre o indivíduo, da sociedade administrada sobre as experiências de autonomia, da Indústria Cultural e do sistema tecnológico de comunicação até então existente -revistas, jornais, rádio, televisão -, sobre seus consumidores, na configuração de indivíduos cada vez mais práticos, conformistas, submissos e integrados na sociedade e no mercado. O tempo passou, as tecnologias se aperfeiçoaram, o sistema capitalista ganhou formas expressivas de globalização e o coletivo avançou ainda mais no processo de adaptação do indivíduo ao consumo e ao conformismo. Esta nova situação em que vivemos nos levanta uma série de desafios que precisam ser enfrentados pela Teoria Crítica da Sociedade, entre eles: Em tempos de tecnologias de informação e comunicação, em que a internet, as redes sociais, os smartphones, os instagrans, invadem a vida das famílias e o interior das salas de aulas, as propostas da busca de autonomia do indivíduo e da sociedade ainda possuem atualidade crítica e formativa? As categorias Bildung e Erfahrung continuam carregando dentro de si a força reflexiva e emancipatória que irradiavam anteriormente ou já foram despotencializadas pela Halbbildung progressiva, que, turbinada pelas indústrias culturais mais recentes e poderosas, gera situações inusitadas de enfraquecimento do indivíduo e da sociedade? A Teoria Crítica contêm ainda um tour de force para desenvolver a crítica imanente às tecnologias de informação e comunicação e desvendar-lhes os elementos formativos e emancipatórios no processo educacional e escolar das crianças e dos adolescentes, sujeitos primeiros da intervenção das novas tecnologias? E a educação universitária, cada vez mais refém do mercado e do pragmatismo, ainda pode ser atingida criticamente pelas tradicionais categorias da Escola de Frankfurt? É possível pensar na experiência critico-formativa das obras de arte em plena era digital? São essas e outras questões similares que os sistemas escolares de nossas sociedades nos colocam como problemas que merecem ser refletidos e iluminados para que possam ser analisados e solucionados. E a Teoria Crítica, com suas categorias de ontem e de hoje, pode contribuir nessa perspectiva?
Possíveis temas das contribuições para este número:
– A Teoria Crítica e o caráter ambíguo da educação: fato social e autonomia;
– O processo (semi)formativo e as Indústrias Culturais da era digital;
– A atualidade da educação após Auschwitz;
– A educação da infância e o empobrecimento das experiências formativas;
– O processo de Bolonha e a submissão do ensino superior à formação para o mercado;
– Teoria Crítica e Pesquisa Empírica em Educação: a escola e a sala de aula;
– A construção da experiência estética em tempos da globalização da sociedade;
– A formação cultural na sociedade da revolução microeletrônica.
– As relações entre os docentes e as tecnologias de informação e comunicação nas atividades de ensino e de pesquisa;
– Tecnologias digitais, jovens e adolescentes em sala de aula e o problema da distração concentrada
The first generation of thinkers of the Frankfurt School, who held consolidated formation and experience in philosophy, sociology, psychology and aesthetics, in several texts highlighted the importance of education in all their theoretical reflections on the matter of the dialectical relationship between particular and universal, individuals and society. The concepts Bildung and Erfahrung, legacies of Kant and Hegel, but also of Humboldt and Goethe, illuminated their writings and activities in pursuit of the autonomy of the individual and the society, in tension with the authoritative and conformist elements that the capitalist system imposed on them. In this perspective, Adorno, in 1966, said on Hessen Radio: «Education would be impotent and ideologic if it ignored the goal of adaptation and didn’t prepare men to orient themselves in the world. But it would also be questionable if it produced nothing but well-adjusted people»(Education – what for?). The frankfurtian thinkers, from 1930-1980, felt the weight and strength of the collective over the individual, of the structured society over the autonomy of the individual, of the Cultural Industry and the technological communication system existing – magazines, newspapers, radio, television – over their consumers, in order to configurate practical, conformist and submissive individuals, integrated into society and market. Time passed, technologies have improved, the capitalist system has gained significant forms of globalization and the collective has moved further in the process of adaptation of the individual to the consumption and conformism. This new situation we live in poses a number of challenges that must be addressed by the Critical Social Theory, among them: In times of information and communication technologies, when Internet, social networks, smartphones and instagrans invade the lives of families and the classrooms, do the proposals of the search for autonomy of the individual and society still have critical and formative validity? Do the categories Bildung and Erfahrung still carry within themselves the reflexive and emancipatory strength or have they been losing power by progressive Halbbildung that, fueled by the latest and powerful cultural industries, generates unusual situations that causes the weakening of the individual and society? Does Critical Theory still contain a tour de force to develop the immanent critique to information and communication technologies and to disclose their formative and emancipatory elements in the educational process of children and adolescents, first subjects of the intervention of new technologies? And the college education, increasingly hostage to market and pragmatism, may still be critically affected by the traditional categories of the Frankfurt School? Is it possible to think of the critical-formative experience of the artwork in the present digital era? These and other similar questions are posed to us by the school systems of our societies as problems that deserve to be reflected and illuminated so that they can be analyzed and solved. And can Critical Theory, with its categories from past and present, contribute in this perspective?
Possible topics for contributions to this number:
– Critical Theory and the ambiguous nature of education: social fact and autonomy;
– The (semi) formation process and Cultural Industries of the digital age;
– The relevance of education after Auschwitz;
– The education of children and the impoverishment of the formative experiences;
– The Bologna process and the submission of higher education to the market;
– Critical Theory and Empirical Research in Education: the school and the classroom;
– The construction of the aesthetic experience in times of globalization;
– The cultural formation in the microelectronics society.
– The relations between teachers and information and communication technologies in teaching and research activities;
– Digital Technologies, young and teenagers in the classroom and the problem of concentrated distraction.
Editores asociados coordinadores | Editores associados coordenadores | Associate editors
Dr. Antônio Álvaro Soares ZUIN (UFSCar)
Dr. Bruno PUCCI (UNIMEP)
Dr. Luiz Antônio Calmon Nabuco LASTÓRIA (UNESP-Araraquara)